“Porque metade de mim é o que eu
grito, mas a outra metade é silêncio. Porque metade de mim é partida, mas a
outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é
o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um
vulcão. Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne
ao menos suportável. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra
metade eu não sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Porque metade de mim é amor e a outra metade também.”
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